A inclusão é um movimento
mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos
seus direitos e lugar na sociedade. A inclusão depende de mudança de
valores da sociedade e a vivência de um novo paradigma que não se faz com simples
recomendações técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com reflexões dos
professores, direções, pais, alunos e comunidade. Contudo essa questão não é
tão simples, pois, devemos levar em conta as diferenças. Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de
todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos
professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores
escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com
Necessidades Educacionais Especiais.
Também se faz necessário, uma
mudança de paradigma dos sistemas educacionais onde se centra mais no aprendiz,
levando em conta suas potencialidades e não apenas as disciplinas e resultados
quantitativos, favorecendo uma pequena parcela dos alunos. O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados.
A tendência é focar as
deficiências dos nossos sistemas educacionais no desenvolvimento pleno da
pessoa, onde se fala em fracasso escolar, no déficit de atenção na
hiperatividade e nas deficiências onde o problema fica centrado na
incompetência do aluno. Isso é cultura na escola, onde não se pensa como está
se dando esse processo ensino-aprendizagem e qual o papel do professor no
referido processo. Temos que refletir sobre a educação em geral para pensarmos
em inclusão da pessoa com deficiência.
No Brasil, a Lei de Diretrizes
e Bases em 1996, refere-se sobre estar "preferencialmente" incluída,
mas também haverá quando necessários serviços de apoio especializado na escola
regular para atender as peculiaridades e que o atendimento educacional será
feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que em função das
condições específicas do aluno não for possível sua integração nas classes
comuns do ensino regular.
Referências:
MEC - Ministério de Educação - Secretaria de Educação Especial POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, Brasília MEC - SEEDSP 1994.
MEC - Ministério de Educação - Secretaria de Educação Especial POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, Brasília MEC - SEEDSP 1994.
Ministério da Justiça - DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS - Brasília, corde, 1997.
Congresso Nacional - lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.